quarta-feira, 20 de agosto de 2014

O triunfo do Homem sobre os deuses


   Como eu amo a Odisseia...


 
    Todos já ouvimos falar na Guerra lendária de Troia por meio de filmes, livros de História e outras mídias, mas poucos conhecem a Ilíada, uma das primeiras obras literárias do mundo ocidental. Mas penso que a obra prima seja sua continuação, a Odisseia. Ambas são obras de Homero, poeta grego que pode ou não ter existido por volta de 928 a.C. Por que gosto tanto dessa obra? Bem...

Odisseu, espertamente usando o nome "ninguém", consegue
ferir o Ciclope Polifemo e é castigado por Poseidon.


    A poesia de mais de 12 mil linhas narra o retorno de Odisseu (Ulisses para os Romanos) da Guerra de Troia. Por ter ferido Polifemo, ciclope filho de Poseidon, deus dos mares, Odisseu é castigado a vagar durante dez anos pelo mar mediterrâneo (Ponto vital para o entendimento das sociedades da antiguidade ocidental). A Odisseia acompanha essa épica jornada.

     O feito de Homero foi inovador, ele compilou em A Ilíada e a Odisseia as lendas que eram cantadas pelos poetas Andarilhos conhecidos como Rapsodos nos anos de obscuridade que seguiram a queda da civilização Micênica. Seus poemas foram tratados como História (com "H" maiúsculo") em uma época onde prevalecia o desconhecido, mitos eram uma forma de explicar o mundo ao redor.

    Mas o que realmente há de especial na Odisseia (Foco desta postagem) é a humanidade da obra, o modo como à astúcia humana pode superar desafios impostos pelos próprios deuses. Odisseu enfrenta a fúria de Poseidon usando sua inteligência, como se amarrar aos mastros do navio para resistir aos cantos das sereias. A Odisseia é o primeiro registro literário do poder da astúcia humana sobre o desconhecido. A Odisseia é uma obra humana, muito humana e ai está o seu encanto.

      Quem foi Homero? Ele existiu? Nunca saberemos, mas ele deixou o primeiro registro das crenças de um povo, não permitindo assim que a imaginação do povo do período pós- Micênico fosse esquecida no silêncio da obscuridade Histórica e fazendo também uma ode ao poder da mente humana sobre o desconhecido.


     Claro que há muito mais a ser analisado na obra, mas esse aspecto é o que mais me chama atenção.

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