Como eu amo a Odisseia...
Todos já ouvimos falar na Guerra lendária
de Troia por meio de filmes, livros de História e outras mídias, mas poucos
conhecem a Ilíada, uma das primeiras obras literárias do mundo ocidental. Mas
penso que a obra prima seja sua continuação, a Odisseia. Ambas são obras de
Homero, poeta grego que pode ou não ter existido por volta de 928 a.C. Por que
gosto tanto dessa obra? Bem...
Odisseu, espertamente usando o nome "ninguém", consegue ferir o Ciclope Polifemo e é castigado por Poseidon. |
A poesia de mais de 12 mil
linhas narra o retorno de Odisseu (Ulisses para os Romanos) da Guerra de Troia.
Por ter ferido Polifemo, ciclope filho de Poseidon, deus dos mares, Odisseu é
castigado a vagar durante dez anos pelo mar mediterrâneo (Ponto vital para o
entendimento das sociedades da antiguidade ocidental). A Odisseia acompanha
essa épica jornada.
O feito de Homero foi
inovador, ele compilou em A Ilíada e a Odisseia as lendas que eram cantadas
pelos poetas Andarilhos conhecidos como Rapsodos nos anos de obscuridade que
seguiram a queda da civilização Micênica. Seus poemas foram tratados como
História (com "H" maiúsculo") em uma época onde prevalecia o
desconhecido, mitos eram uma forma de explicar o mundo ao redor.
Mas o que realmente há
de especial na Odisseia (Foco desta postagem) é a humanidade da obra, o modo
como à astúcia humana pode superar desafios impostos pelos próprios deuses.
Odisseu enfrenta a fúria de Poseidon usando sua inteligência, como se amarrar
aos mastros do navio para resistir aos cantos das sereias. A Odisseia é o
primeiro registro literário do poder da astúcia humana sobre o desconhecido. A
Odisseia é uma obra humana, muito humana e ai está o seu encanto.
Quem foi Homero? Ele
existiu? Nunca saberemos, mas ele deixou o primeiro registro das crenças de um
povo, não permitindo assim que a imaginação do povo do período pós- Micênico
fosse esquecida no silêncio da obscuridade Histórica e fazendo também uma ode
ao poder da mente humana sobre o desconhecido.
Claro que há muito
mais a ser analisado na obra, mas esse aspecto é o que mais me chama atenção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário